• Fonte: Gabriel Maymone

A SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul) justificou a falta de medicamentos no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) alegando desabastecimento mundial e preços estratosféricos. Denúncia de médicos do hospital apontam que a falta desses remédios e de insumos básicos aumentam a mortalidade de pacientes internados com covid no CTI (Centro de Terapia Intensiva).

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, explicou que a SES realizou diversas licitações, mas que não houve interessados. “As licitações estão dando desertas, que é quando não há interessados. Devido ao desabastecimento mundial, certos medicamentos tiveram aumentos estratosféricos em seus preços”, disse.

Denúncia

O documento lista 23 antibióticos que estão em falta no hospital e cita que são essenciais para o tratamento de infecções hospitalares. “Muitas vezes, os tratamentos são interrompidos por desabastecimento, gerando resistência bacteriana”, citam os médicos.

Há ainda a falta de outros medicamentos importantes no tratamento dos enfermos como inibidor de bomba de prótons, antipsicóticos e até de insumos básicos como seringas, equipe fotossensível e frasco para hemocultura. A escassez de recursos “não permite que o paciente seja tratado adequadamente, aumentando a mortalidade”.

A denúncia relata o esforço das equipes médicas para atender aos pacientes, mesmo em condições desfavoráveis. “Externamos profunda indignação pela falta de condições de trabalho, seja por escassez frequente de medicações, insumos básicos e recursos humanos. Temos oferecido o mínimo possível para a dignidade do ser humano, porém não o suficiente para atender as necessidades do doente”.

A equipe de médicos se diz ciente das dificuldades para a compra de medicamentos como a Polimixina, mas completa que mesmo com o abastecimento temporário de medicamentos fornecidos pela SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde), não são suficientes para completar o tratamento dos pacientes.