• Fonte: Thatiana Melo e Dayene Paz

Após seis horas de buscas no prédio do TCE (Tribunal de Contas do Estado), os agentes da Polícia Federal deixaram o prédio com vários malotes. Dinheiro foi apreendido na casa de um dos conselheiros do tribunal.

Ainda não se sabe a quantia apreendida, que está sendo contabilizada pelos agentes. Foram alvos também outros dois conselheiros do TCE, sendo que um deles, morador do Damha. O prédio do escritório do irmão de Waldir Neves, ex-presidente do TCE, Vanildo Neves Barbosa, no Jardim dos Estados também foi alvo da operação.

Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Sidrolândia e Brasília, no Distrito Federal. As medidas visam apurar a possível ocorrência de favorecimento de terceiros por servidores públicos, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e contratação de funcionários “fantasmas”.

Irmão ex-presidente do TCE

Vanildo Neves Barbosa foi assessor especial da Segov (Secretaria Estadual de Governo e Relações Estratégicas) em 2018, na atual gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) pediu a exoneração dele por ser considerado “ficha suja”. Ele foi ex-vice-prefeito de Aquidauana e é irmão do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Waldir Neves.

Investigações

A investigação apurou o envolvimento de servidores públicos do Estado do Mato Grosso do Sul com um grupo de empresários em fraudes relacionadas a procedimentos licitatórios, obras superfaturadas e desvio de recursos públicos.

Durante as investigações apurou-se irregularidades na apreciação e julgamento de processos relativos à empresa detentora da concessão dos serviços de coleta de lixo e de tratamento de resíduos no município de Campo Grande.

Operação

Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande – MS, Sidrolândia – MS e Brasília – DF. As ordens judiciais foram expedidas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Participam da operação 102 policiais federais, além de servidores da Controladoria-Geral da União e Receita Federal do Brasil. O nome da operação decorre de indícios de que a aquisição de direitos relacionados a mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro.