• Fonte: Da Redação com Assessoria

Mato Grosso do Sul deve passar por um aumento crítico nos casos de Covid-19 nas próximas semanas. A previsão é da SES (Secretaria de Estado de Saúde), que anunciou um triste novo recorde do Estado. Nesta segunda-feira (24), a média móvel de casos da doença subiu para 1.358, o maior índice já registrado desde o começo da pandemia.

Em transmissão online, o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende afirmou que “nas próximas semanas teremos um crescimento grande da doença”. Sobre os mais de 1,3 mil casos na média móvel, ele lembrou que “ estamos num recorde histórico de média móvel desde o início da pandemia”.

Não apenas a média móvel foi recordista em MS, mas a semana passada inteira. A semana epidemiológica 20 foi a semana que tivemos um novo recorde de casos, foram confirmados 11,270”, destacou o secretário. Ele lembrou que o recorde anterior era de pouco mais de 9 mil casos.

Sobre os 1.175 casos novos de Covid-19 confirmados nesta segunda-feira (24), ele disse que temos que levar em conta que acabamos de voltar do final de semana. Os finais de semana costumam gerar mais casos, por causa da falta de isolamento e de pessoas que saem, descumprindo as recomendações.

A secretária-adjunta, Christine Maymone, ainda lembrou que Resende usou as redes sociais para pedir que os sul-mato-grossenses ficassem em casa. “Mesmo com o apelo do secretário, os casos aumentaram. É sempre assim, aumento de casos confirmados, aumento de internações e aumento de óbitos”, explicou a ordem de acontecimentos na pandemia.

Aumento de casos, mais internações

Apesar do Estado ter mais de 25% da população imunizada com a primeira dose contra a Covid-19. A doença continua se espalhando rapidamente em MS. O secretário de Sáude destacou que “a taxa de contágio tem crescido, 1,01% nesta semana e na passada tinhamos 0,95%”.

Mas o que significa os 1,01% da taxa de contágio? De acordo com o secretário, a cada 100 com Covid-19, novas 110 serão infectadas.

Com isso e variantes que agravam o caso dos infectados mais rapidamente, como a P1, levam os índices de ocupação aumentarem. Assim, mais pessoas precisam aguardar vagas de UTI para serem tratadas contra a Covid-19.

“Temos também a situação que nos causa apreensão, 231 pessoas na fila de espera de leitos”, disse Resende. São 171 estão na central de regulação de Campo Grande, sendo 142 pessoas da própria Capital. Outras 54 pessoas estão na central de regulação de Dourados, sendo que 30 são da própria cidade. Outros seis que aguardam são da regulação do Estado.

O secretário destaca que este “é um quadro angustiante”. Além disto, ele ressaltou a taxa de ocupação das UTIs em macrorregiões como Campo Grande e Corumbá atingiram 100%. Na Capital são 101% de lotação, ou seja, “há mais pacientes do que leitos existentes, existem leitos de UTI improvisados para”.

3ª onda de Covid se aproxima

MS já espera que a terceira onda de Covid-19 aguardada pelo país chegue ao Estado. No momento, “a doença está em franca evolução no Estado e mais uma vez é preciso de medidas rígidas”, disse o secretário.

Então, ele pede para que as pessoas respeitem as medidas de biossegurança, como distanciamento, isolamento sempre que possível, higienização das mãos com água e sabão ou álcool 70% e principalmente o uso constante de máscaras sempre que sair de casa. “Cuidado, porque não queremos que ninguém de MS venha a óbito. A situação é crítica, não compactuamos com alguns que teimam em negar os números, que são bastante preocupantes”, lembrou.

Assim, a secretária-adjunta ressaltou que além “das medidas restritivas, de assistência, a participação da sociedade como um todo é importante”. “Nós estamos novamente em uma curva acelerada da doença, há três semanas que estamos assim”.