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A copa do mundo do Catar começa a contagiar campo-grandenses que amam futebol.

Apesar de a seleção brasileira não ter jogado tão bem contra a Suíça como atuou com a Sérvia, torcedores vão aderindo ao clima da copa e bares vão ficando lotado a cada jogo do Brasil.

Cerveja gelada e porções de tira-gostos turbinadas não faltam a cada partida de seleção canarinho.

O empresário Thalyson Peres, do Ponto Bar, localizado no Centro de Campo Grande, explicou que os bares precisam atender às necessidades dos torcedores apaixonados por futebol.

Para o empresário, não basta apenas abrir o bar.

“Tem que ser um local acolhedor, seguro, com bom atendimento e cerveja gelada. Até ampliamos o horário de atendimento. Fizermos uma parceria com uma grande cervejaria. O público tem sido fiel. Em dois jogos do Brasil, dois dias de bar lotado. Agora é torcer para o Brasil ir avançando na copa”, destaca Thalysson Peres.

A empresária Janaína Rolan Loureiro, do bar Eden Beer, localizado na avenida Mato Grosso, adotou a tática de unir o futebol da copa com feijoada, cerveja e uma atração artística.

O resultado também foi de bar lotado. Além disso, antes do Brasil enfrentar a Suíça, o público teve a oportunidade de curtir o show do cantor e compositor sambista Dudu Nobre.

“Fizemos um almoço com feijoada e tivemos ampla adesão do público. Vamos trazer outros artistas, porque o público quer isso, quer animação”, frisou Janaína Loureiro.

Mas não foi só em Campo Grande que muitos bares ficaram lotados durante a partida da seleção brasileira.

Em Dourados, donos de bares localizados no shopping center da cidade tiveram uma segunda-feira (28) atípica.

Muita gente comparaceu, os bares lotaram e o público saiu feliz com a vitória magra do Brasil por 1 a 0 contra a Suíça.

Douradenses lotam bar em shopping center Douradenses lotam bar em shopping center . Foto: Divulgação

Pesquisa da CNC mostra que empresários de Campo Grande estão otimistas

A nova pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que os empresários da Capital Morena estão otimistas com as vendas.

Isso porque o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec), de Campo Grande, atingiu – neste mês de novembro – inéditos 143,4 pontos.

Coincidência ou não com a copa do mundo, trata-se do maior índice da série histórica da CNC em Campo Grande, acompanhando o que ocorreu em âmbito nacional.

“Os fins de ano geralmente turbinam a confiança dos empresários do comércio, porque é quando as vendas apresentam os melhores resultados e isso se soma à Black Friday e movimentação da Copa Mundial de Futebol”, avalia a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS, Regiane Dedé de Oliveira.

Na avaliação da economista, o principal propulsor do índice, que avançou 0,6% em relação a outubro, marcando o terceiro mês consecutivo de aumento, foi a avaliação das condições atuais da economia do País.

Segundo Regiane Dedé Oliveira, o indicador de contratação de funcionários também está maior, mas os empresários se mantêm cautelosos quanto aos investimentos nas empresas, uma vez que a avaliação das condições para o comércio apresentou recuo.

Entre os 93,7% que indicam que pretendem aumentar o número de funcionários, 71,3% indicam que vão elevar um pouco o quadro e 22,4% disseram que devem aumentar consideravelmente.

Antes da Copa começar, Abrasel MS estimou que o comércio de bares iria crescer 30%

Conforme publicação do Correio do Estado dia 16 de novembro, um levantamento feito pela Associação de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel-MS) já mostrava – antes da copa começar – que o setor iria faturar 30% a mais durante a competição esportiva.

Dos 6.700 bares e restaurantes existentes no Estado, 45% deles, ou 3.015, vão reproduzir as transmissões dos jogos.

Na ocasião, o presidente da Abrasel-MS, Juliano Wertheimer disse que, diante de um cenário pós-pandemia, as expectativas para esta Copa são muito boas.

“Esperamos um crescimento de até 30% na demanda do setor e, se o Brasil avançar na competição, essa porcentagem pode aumentar. Os resultados dos jogos farão toda diferença”, disse o empresário.

Ainda de acordo com ele, o período em que a competição será realizada é um diferencial, principalmente porque, naturalmente, a chegada do fim de ano e do verão já aumenta as expectativas.

“Além disso, nós também teremos a primeira parcela do 13º salário sendo paga durante a Copa do Mundo, no dia 30 de novembro, e o Auxílio Brasil turbinando os gastos e fazendo com que a economia gire”, revelou Wertheimer.

Na Abrasel-MS, todos os empresários são unânimes em afirmar que a Copa do Mundo é muito boa para os bares, mas causa prejuízos ou a redução de movimento nos restaurantes.

Por isso, neste ano, a associação está observando uma mudança muito interessante: os restaurantes estão fazendo reservas para novembro e dezembro – justamente no período da competição.

“Então, podemos dizer que as expectativas têm sido boas tanto para os bares quanto para os restaurantes”, afirma Wertheimer.

Questionado sobre a possibilidade de reajuste de preços, o presidente da entidade explica que existe essa possibilidade pelo fato de o setor estar atrasado em relação à inflação média e apresenta valores pouco acima da metade da inflação da alimentação dentro de casa.

“Além disso, estamos ainda com 19% dos estabelecimentos operando com prejuízos e 36% apenas em equilíbrio. Então, é bastante provável que essas empresas busquem corrigir os preços de maneira com que elas voltem à rentabilidade”, destacou Wetheimer.

Uma pesquisa realizada no início deste mês pela Abrasel mostra que, em Mato Grosso do Sul, 45% dos bares exibirão os jogos no estabelecimento; 38% terão ambientação com o tema da Copa; e 13% pretendem realizar eventos antes e depois dos jogos do Brasil. Em compensação, 31% não promoverão nada relacionado à Copa do Mundo.

A pesquisa aponta ainda que 53% farão campanha de marketing com o tema da Copa; 43% terão promoções especiais; 30% criarão pratos e drinques temáticos; e 29% terão ações especiais no delivery.

Bares e restaurantes estimam alta de 30% no faturamento durante a Copa