• Fonte: Mariane Chianezi

Em protesto contra o preço da gasolina em Mato Grosso do Sul, cerca de 500 motoristas de aplicativo devem ‘cruzar os braços’ por 24 horas nesta quarta-fra (17) em Campo Grande. Além da paralisação no serviço, os motoristas vão realizar carreata às 8h com ponto de mobilização em frente a Governadoria do Estado.

Conforme o presidente a Applic-MS (Associação de Parcros de Aplicativos de Transporte de Passagros e Motorista Autônomo de Mato Grosso do Sul), Paulo Pinhro, o grupo deverá realizar a mobilização e seguir em carreata até a governadoria, para pressionar a redução do ICMS.

“A ida é reunir o máximo possível, em torno de 500 veículos. Esperamos que seja um protesto como sempre fizemos, com ordem e resptando o dirto de ir e vir da população”, pontuou o presidente da associação.

Um represente de grupo de motoristas independentes, disse que a carreata terá ponto de concentração no Parque dos Poderes, em frente a Governadoria, e deverá seguir até em frente ao Aeroporto Internacional. Com a manifestação da categoria, a Capital deve ficar sem 80% do efetivo de motoristas nas plataformas e situação deve refletir no valor da corrida com a tarifa dinâmica.

No dia 2 de março, grupos de motoristas de diversos aplicativos se organizam para abastecer R$ 0,50 em postos de combustíveis de Campo Grande. As notas fiscais seriam juntadas pelos organizadores do protesto para protocolar, formalmente, um pedido de redução do imposto na governadoria.

Arrecadação milionária de ICMS

Uma das alternativas para continuar trabalhando, segundo o presidente da Applic-MS, é a adesão do etanol nas bombas. Porém, se o  cooperasse com os trabalhadores, os impostos sob a gasolina aliviaria o bolso dos motoristas. “As refinarias não ajudam e o Estado muito menos. O nosso estado  uma das taxas [] mais caras do Brasil na gasolina”, disse Paulo.

Em janro, o governo de Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 266,8 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a venda de gasolina e oos combustívs nos postos. O valor supera o levantado por  e oos 13 estados no mesmo período.

Questionado, o governador Rnaldo Azambuja disse que, se retirar recursos da arrecadação, ‘o Estado quebra’.  O governador mencionou que Mato Grosso do Sul baixou a alíquota do  de 17% pra 12%, bem como a do álcool. “Expliqu o por que. Mato Grosso do Sul é produtor de álcool, não de petróleo, e aumentamos o da gasolina. Hoje é vantajoso abastecer com álcool”, disse o chefe do Executivo estadual.

Tarifas sem reajustes

Uma das maiores reclamações diante do aumento no valor do combustível, é que as empresas de mobilidade não têm reajustado a tarifa ao longo dos anos. As arrecadações das plataformas podem variar de acordo com os horários das corridas, pois existem os valores dinâmicos. Quando mais caro, o recolhimento chega a 40% da empresa. Se a mesma corrida de R$ 15 estiver por R$ 25 durante um horário de pico, o aplicativo recolhe R$ 10.

Com aumentos na gasolina e locação, aplicativos 'desconversam' sobre reajuste de tarifa em MSA reclamação da categoria é que desde que os primros aplicativos de mobilidade surgiram em MS, lá por 2017, o valor da tarifa ao passagro é a mesma. “O valor da corrida para o morador é mesma há quatro anos, enquanto isso o combustível só aumenta e nosso lucro cada vez mais diminui”, comentou.

Em reportagem de julho de 2017, o valor da chamada custava R$ 2,50, e o quilômetro rodado era fixado em R$ 1,10, além de um adicional de R$ 0,15 por minuto. Verificando atualmente, os valores inclusive diminuíram alguns centavos. O valor da chamada custa R$ 2,43, o km rodado é fixado R$ 1,07. O adicional permanece o mesmo. Confira a imagem ao lado.

Com aumentos na gasolina e locação, aplicativos 'desconversam' sobre reajuste de tarifa em MS
Foto: Reprodução

Quanto ao oo aplicativo, que também chegou a Capital em 2017, não foi possível encontrar os valores oferecidos naquele ano, mas atualmente a empresa  R$ 2,99 pela chamada e R$ 2,20 por quilômetro rodado.

Em 2017,  o valor do litro da gasolina podia ser encontrado por R$ 3,44 enquanto atualmente o valor bate R$ 5,69 em alguns estabelecimentos. A diferença é de R$ 2,25 no litro ao longo desses anos.