Mudanças de temperatura favorecem crises respiratórias em MS; saiba como evitar as principais doenças
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Mudanças bruscas de temperatura estão provocando superlotação em hospitais, clínicas e unidades básicas de saúde. Segundo o médico Renato Figueiredo, isso não é novidade e acontece todos os anos em Mato Grosso do Sul nos chamados períodos de meia-estação: nas épocas de outono e primavera, devido aos dias quentes e noites frias. Crianças e idosos são os públicos mais atingidos.
Entre as doenças, as mais comuns são as respiratórias: gripe, viroses, asma, bronquite, pneumonia e uma série de alergias. O médico alerta que muitas alergias são provocadas porque as roupas de frio e as roupas da cama — para períodos de baixa temperatura — ficam muito tempo guardadas, podendo acumular poeira, fungos e bactérias e o resultado é o desencadeamento de uma série de processos alérgicos que atingem, principalmente, crianças e idosos.
Para Renato Figueiredo, cuidados básicos devem ser mantidos em todas as épocas do ano e um deles é a ingestão de líquidos, principalmente a água. “Nessas épocas de meia-estação de outono, quando as temperaturas ficam mais amenas, as pessoas se esquecem de beber água e isso não pode acontecer porque gera uma série de problemas além da desidratação”, disse o doutor Renato Figueiredo. Sem água no corpo, a imunidade diminui e aparecem doenças como herpes labial e sinusite. Fora isso, é preciso manter os cuidados para não pegar Covid-19 e dengue.
Quem quiser manter-se saudável sem ter que gastar dinheiro deve ingerir pelo menos 2,5 litros de água por dia, lavar as narinas com soro fisiológico, limpar sempre a casa retirando toda a poeira, lavar sempre as roupas de cama, roupas de inverno, ter alimentação saudável e abastecer o corpo com vitaminas. “Infelizmente as pessoas se distraem, não seguem essas recomendações e o resultado são hospitais e clínicas lotadas. Todos os anos isso acontece”, destacou Renato Figueiredo.
Procura por atendimentos na rede pública tem crescimento exponencial
Unidades de saúde de Campo Grande atendem, todas juntas e em média, cerca de 5 mil crianças por dia. Além disso, a rede municipal de saúde de Campo Grande não está conseguindo ultrapassar a barreira dos 16% de cobertura vacinal para o vírus Influenza e Covid-19. Informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) dão conta que houve um aumento de 347% no número de atendimentos pediátricos, que se elevaram de 1.117 diários para 5 mil em quatro semanas. Os motivos: baixa adesão à vacinação infantil contra a covid-19 e influenza.
Os números da Sesau mostram, ainda, que apenas 9.153 crianças com faixa entre 6 meses a menores de 5 anos receberam o imunizante contra a influenza em Campo Grande. Entretanto, o público estimado apto para receber a vacina é de 57.428, gerando uma adesão de apenas 15,94%. Dados do Painel Mais mostram um cenário parecido na imunização contra a covid-19: apenas 12.778 crianças, das 90 mil aptas, se vacinaram com as duas doses, apenas 14,35% de cobertura vacinal.