• Fonte: Rodson Lima, SES

Em mais uma ação humanitária, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), encaminhou uma paciente de 28 anos, que terá a possibilidade de fazer transplante de órgãos na cidade de São José Rio Preto, no Estado de São Paulo. A paciente deixou o Estado acompanhada da irmã e um médico, em uma UTI Aérea, por volta das 5h30, desta terça-feira (21).

Entusiasta desta ação, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, comemorou a possibilidade de transplante e destacou que o setor foi elencado como uma das prioridades da gestão. “Nunca mediremos esforços para que os pacientes possam ter a oportunidade de terem seu transplante realizado. Nossa equipe se empenhou para conseguir levar a paciente até o Hospital no interior de São Paulo”.

A paciente se chama Tatiane Gonçalves da Silva, de 28 anos, é residente no município de Corumbá, mas estava internada na Santa Casa de Campo Grande. Tatiane é mãe de três filhos, incluindo um bebê de quatro meses.

Segundo o médico Alexandre Braga Gonfiantini – que integra a equipe que vai implantar o serviço de transplante renal e hepático em MS -, a paciente tem hepatite grave e precisa fazer o transplante de fígado. “A paciente foi encaminhada para São José do Rio Preto (SP), acompanhada por um médico da UTI Aérea. A paciente, puérpera, desenvolveu uma hepatite pós-parto grave, que causa uma insuficiência hepática grave, com risco de morte estimado em 50%, por isso, foi candidata a um transplante hepático de fígado. Se estiver apta, após o ato cirúrgico, retornará para o tratamento em Mato Grosso do Sul”.

Referência

A Secretaria de Estado de Saúde e o Hospital Adventista do Pênfigo de Campo Grande iniciaram tratativas neste ano para a viabilidade da implantação do serviço de transplante renal e hepático em Mato Grosso do Sul. Objetivo é tornar o Estado referência em transplante de fígado e no tratamento a pacientes com doenças hepáticas.

O médico-cirurgião do aparelho digestivo, especialista em transplante de fígado, Gustavo Alves Rapassi – que está à frente do projeto em Mato Grosso do Sul – afirma que o principal desafio será a criação de um Centro Especializado em Hepatologia para o cuidado com o paciente portador de doença crônica do fígado. “O desafio será implantar a cultura que o paciente hepatopata crônico pode ser tratado de forma curativa e retornar às suas atividades de rotina no próprio Estado”.

Levantamento realizado de janeiro a agosto de 2020 e 2021, pela Secretaria de Estado de Saúde, houve redução nos transplantes de coração e de rim no Estado. Em 2020, foram realizados três procedimentos e neste ano, apenas um. Quanto aos transplantes de rim, no ano passado foram realizados 17 procedimentos e neste ano chegaram a sete. O transplante de córnea foi maior realizado neste ano em relação a 2020, foram 91 procedimentos contra 80 do ano passado.