Lewis Hamilton «avisa»: ‘Se não puder defender os direitos humanos, prefiro não correr’
- Fonte: por Bernardo Matias
Lewis Hamilton tem vindo a ser um dos pilotos que mais aberta e frequentemente aborda assuntos de índole mais política e humanitária, sendo um acérrimo defensor dos direitos humanos e da igualdade. Recentemente, a FIA estabeleceu novas regras que impedem os pilotos dos campeonatos sob a sua tutela de exibirem mensagens políticas, relgiosas ou pessoais de qualquer modo sem consentimento prévio.
Novidades que não agradam muito a Hamilton. O heptacampeão deixou bem claro ao New York Times que, se não puder exercer a defesa dos direitos humanos e dar continuidade aos esforços dos últimos anos, prefere sair de cena da competição:
– O ano de 2020 teve um grande impacto pessoalmente. Sinto o poder de defender e falar abertamente sobre qualquer questão. Independentemente do resultado, sei que as coisas precisam sempre de ser ditas e feitas, porque muitas pessoas estão a sofrer. Se não puder defender os direitos humanos e não puder continuar com o que tenho feito nestes anos, prefiro não correr mais’.
De seguida, Hamilton enalteceu a importância de abordar este tipo de temáticas: ‘Ainda há muitos obstáculos a ultrapassar. Oxalá não seja assim durante muito mais tempo, mas é triste ver que estas coisas ainda existem hoje em dia. Se não puder ter essas conversas com as pessoas, se não puder falar sobre estas questões sensíveis… elas não têm o impacto que precisam de ter. Portanto, as organizações que podem mudar não irão dedicar as suas energias a melhorar isso’.