Perfis de apoiadores de atos antidemocráticos em MS são retirados do ar
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Após as buscas e apreensões feitas pela Polícia Federal (PF), que tinham como alvo apoiadores das manifestações bolsonaristas, as páginas do Instagram da médica Sirlei Ratier, da jornalista Juliana Gaioso e do ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa foram retirados do ar.
Os três são apontados como financiadores dos atos, dando condições materiais para os manifestantes permanecerem acampados em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), na avenida Duque de Caxias. O ato que não reconhece a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já dura 45 dias.
Apesar das páginas no Instagram do trio aparecerem como indisponíveis, o Facebook e Twitter dos três ainda está no ar. As últimas atualizações nestas redes datam de até quatro meses atrás.
Nestas páginas, são compartilhadas imagens e mensagens em apoio ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Conforme adiantado pelo Correio do Estado, além do trio também figuram como líderes ou apoiadores dos atos em dossiê divulgado pelo STF, o produtor rural Germano Francisco Bellan, o pecuarista e ex-presidente do Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste, Renê Miranda Alves, o produtor rural Renato Nascimento Oliveira e Renato Marem.
Em busca feita pela reportagem não foram encontradas páginas relacionadas à eles em qualquer rede social.
OPERAÇÃO
Iniciada na manhã desta quinta-feira (15), a operação teve 81 mandados de buscas e apreensões expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Somente para Mato Grosso do Sul foram 17 mandados.
Também foram cumpridas medidas no Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Antes de ter seu perfil suspenso, Waldeli dos Santos Rosa usou sua página para se posicionar sobre a operação, afirmando que sempre defenderá a democracia, o estado democrático de direito e a liberdade individual.
O empresário ainda disse que recebeu com naturalidade a intimação para prestar esclarecimentos “acerca da sua defesa em prol da liberdade de expressão”.
A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a jornalista Juliana Gaioso, mas ela afirmou que apenas se pronunciará na presença de seu advogado.
Não conseguimos contato com a médica Sirlei Ratier, mas o espaço no jornal continua aberto caso ela queira se posicionar.