• Fonte: 360 News

A escolha do Presidente eleito brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para o Ministério da Defesa, José Múcio, pediu para se encontrar com Jair Bolsonaro, com quem partilha um passado comum. “Não há o mais pequeno problema. Em democracia, temos de respeitar o outro lado. Ele não precisa de ser um inimigo”, disse ele.

Archivo - Jair Bolsonaro. - Ivan Abreu/SOPA Images via ZUMA / DPA

Archivo – Jair Bolsonaro. – Ivan Abreu/SOPA Images via ZUMA / DPA© Fornecido por News 360

“Bolsonaro é um colega há 20 anos. Eu falo sempre com ele. Quando ele perdeu as eleições, fui cumprimentá-lo”, revelou Múcio, que também pediu para se encontrar com o seu antecessor de Janeiro, Paulo Sérgio Nogueira, bem como com o resto dos comandantes das Forças Armadas.

Nas suas primeiras declarações como futuro ministro da defesa, Múcio salientou que “não há o menor problema” e que Bolsonaro só pode ser um “adversário” e não um inimigo. “Ele sabe em quem votei”, disse ele, relata ‘O Globo’.

“Vou falar com os comandantes actuais na próxima semana. Tenho uma boa relação com todos eles”, disse Múcio, que assegurou que a transferência de poder será “muito fácil”, como “se fosse um desfile militar”.

“Quanto mais pacífico for, mais fácil será para os que partem e mais fácil será para os que chegam”, disse Múcio, cuja nomeação foi elogiada por Bolsonaro quando se soube que ele poderia tornar-se ministro da defesa. “É um bom nome”, disse ele de acordo com fontes próximas do Palácio de Alvorada.

Múcio e Bolsonaro foram colegas dentro da Câmara dos Deputados durante uma fase da longa carreira como parlamentar do ainda presidente do Brasil. O novo ministro da defesa foi deputado federal por Pernambuco entre 1991 e 2007 para três partidos diferentes, todos eles conservadores.

Isto não o impediu de se tornar chefe do Secretariado de Relações Institucionais sob o segundo governo de Lula. Em 2009 foi nomeado para um cargo de juiz do Tribunal de Contas da União.

Múcio é um dos cinco nomes que Lula da Silva avançou esta sexta-feira que fará parte do seu governo. Juntamente com ele, anunciou também os chefes das Finanças, Fernando Haddad; Negócios Estrangeiros, Mauro Vieira; Casa Civil, Rui Costa; e Justiça, Flávio Dino. O presidente eleito disse que revelará mais alguns ministros do novo gabinete esta segunda-feira.