Professores da rede municipal da Capital realizam paralisação nesta sexta por correção salarial
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Segundo informações repassadas pelo sindicato, os profissionais da educação pública da Reme vão fazer uma concentração, às 7h30, na sede do sindicato, seguindo com passeata até a prefeitura municipal de Campo Grande.
A decisão da categoria se deu em virtude da resposta encaminhada pela prefeitura ,no Ofício n. 4383/SEGES, sobre não garantir a aplicação do reajuste de 10,39% referente ao mês de novembro de 2022.
A correção está prevista na Lei Municipal n. 6.796/2022 referente ao regime de 20h da Reme.
O documento enviado pela prefeitura contempla apenas a correção do mês de dezembro em 4,7891%, também previsto na Lei do Piso 20h.
O presidente da ACP, professor Lucilio Nobre, explica que é importante ressaltar que as tratativas do sindicato com o município se arrastam desde 2015.
Além disso, Lucilio destaca que a Lei de Responsabilidade Fiscal é sempre usada como justificativa para o não cumprimento da lei do Piso 20h, algo que provoca grande indignação na categoria, pela desvalorização e falta de reconhecimento.
“Isso demonstra a falta de compromisso do Executivo Municipal em cumprir com as legislações em vigor”, disse o presidente da ACP.
O dirigente ressalta, ainda, a disposição dos profissionais da educação. “A categoria não abrirá mão do cumprimento integral da Lei do Piso 20h”, destaca.
Entenda
A prefeitura tem até o dia 30 deste mês para realizar o pagamento. Entretanto, os profissionais decidiram realizar paralisação, diante da iminente possibilidade do reajuste não ser aplicado.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande (Sisem), vereador Marcos Tabosa (PDT), explica que a luta pelo reajuste é antiga, em andamento desde a gestão do então prefeito, Marquinhos Trad, sendo responsabilidade da atual prefeita, Adriane Lopes, que era sua vice.
Tabosa explica que, ainda amanhã, o Sisem se reunirá com o executivo, às 14h30, para conseguir um acordo e confirmação do reajuste
“Queremos a confirmação dos R$ 468, algo que não está em discussão. Além da negociação salarial, nós temos o pagamento da insalubridade dos agentes com intenção de combate às endemias, que tinha que ser pago desde maio. Nós queremos o pagamento do pró-funcionário dos cursistas”, disse.
“Nós temos a resposta sobre o plano de cargos e carreiras dos administrativos de educação que está parado e que a prefeita Adriane Lopes mandou suspender. Ela quebrou assim um acordo que ela tinha conosco”, acrescentou.
Segundo o vereador, a prefeita já deveria ter mandado o plano de cargos para aprovação da câmara no final de outubro, já pronto para ser votado ainda em novembro.
Sobretudo, ele destaca a exigência de uma proposta da tabela salarial para os profissionais.
Espera-se que na reunião desta sexta, durante o dia de paralisação, prefeitura e profissionais da educação consigam entrar em um acordo. Logo, a decisão de realização de uma greve estendida só será definida após as tratativas que acontecem amanhã.
Paralisação
Após o ato da manhã que acontecerá na sexta, haverá assembleia geral no sindicato para deliberar as próximas ações da categoria.
“O sindicato, que é o legítimo representante da categoria, convoca todos e todas a se unirem em defesa do cumprimento da lei e da valorização profissional. Piso zero nunca mais!”, disse Lucilio Nobre.