• Fonte: Taynara Menezes

O mês de maio representa a enfermagem no mundo inteiro, especialmente nesta quinta-feira (12) data em que se comemora o Dia Internacional da Enfermagem. No Brasil, a comemoração é durante todo o mês, já que no dia 20, celebram-se o Dia Nacional do Técnico, Técnica e do Auxiliar de Enfermagem.

Trabalhando na linha de frente do combate à pandemia do coronavírus, os profissionais têm buscado valorização e melhorias no setor que mais ganhou relevância e protagonismo durante os últimos dois anos. O JD1 Notícias conversou com dois enfermeiros que representam a luta para a classe profissional.

A enfermeira Eloisa Maria Santana, de 24 anos, atuando na área há 1 ano e 3 meses em um hospital particular da Capital, escolheu a área da saúde por vocação pessoal. A primeira da família a seguir essa especialidade, Eloisa tem convicção de que enfermagem foi uma escolha para usar a sua própria vida em forma de doação ao próximo.

“A escolha da minha profissão foi em dar atenção ao próximo, a enfermagem um meio para isso, é a profissão que serve, que está ali nos piores momentos, momentos de dor, de angústia, de sofrimento, de ansiedade, de incertezas e que mesmo nesses piores momentos consegue através dos estudos, da ciência, do saber teórico e prático, da gestão, da empatia, do acolhimento e da compaixão melhorar o estar daquela pessoa/paciente e seus familiares e para mim isso é muito gratificante” argumenta.

Apesar da pouca experiência na área, a enfermeira acredita que o período pandêmico foi o tempo de maior aprendizado. Com o novo piso salarial aprovado, na semana passada, pela Câmera dos Deputados, os profissionais da área estão otimistas para o próximo passo.

“É satisfatório ser reconhecida pela nossa dedicação, a nossa importância para sociedade ainda mais depois desses 2 longos e exaustivos anos de pandemia. A aprovação do piso salarial revela que mesmo após 20 anos ainda podemos ter esperança de reconhecimento e valorização. Embora o percurso não finalizou, pois dependemos da assinatura do presidente para sancionar a PL e ele tem 15 dias para isso. Mas, estamos no aguardo e esperançosos de que tudo continuará dando certo” afirma.

Em contrapartida, o enfermeiro Rhaphael Fior, de 38 anos, atua na área da saúde há quase 17 anos, ele iniciou a carreira como auxiliar de enfermagem, influenciado pela irmã que também é enfermeira e sua mãe que sempre trabalhou na saúde. Atualmente, ele é enfermeiro do centro cirúrgico da Santa Casa, é docente no curso de enfermagem na Anhanguera e é instrutor de cursos privados.

O profissional leva uma rotina árdua, segundo ele, para garantir um salário razoável no final do mês. Também esperançoso, Fior aguarda o novo piso ser sancionado pelo presidente. “Nós não temos uma carga horária estabelecida e nem um piso salarial, esperamos que essa PL seja liberada logo, pois precisamos ser valorizados” expressou.

Durante a pandemia, o enfermeiro conta que foi contaminado pelo vírus e lamenta a perda de tantos colegas do setor nos dois últimos anos.”Com a pandemia nós vimos a importância da saúde, aprendemos muitas coisas, inclusive perdemos muitos colegas, no início recebemos placas de heróis e depois fomos esquecidos. Eu mesmo fui acometido pela doença e fiquei entubado por 14 dias entre a vida e a morte, mas, graças a Deus eu voltei, tive essa oportunidade” recorda.

Comemoração 

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS) criou uma programação especial de atividades para este mês, como palestras, cursos e rodas de conversas. A 10ª Semana da Enfermagem tem como tema: “Avanços e conquistas no exercício profissional da enfermagem”, com o foco na valorização, saúde, política e promoção do profissional.

Entre os dias 11 a 20 de maio, cursos gratuitos e com certificação serão transmitidos pelo canal do Coren-MS, nas plataformas digitais Youtube e Facebook. A agenda completa você pode conferir aqui.