Aulas presenciais não serão transmitidas para alunos do ensino remoto
- Fonte: Glaucea Vaccari
O retorno presencial das aulas da Rede Municipal de Ensino está agendado para o dia 19 de julho, de forma hibrida, mas o conteúdo não será o mesmo para estudantes do presencial e remoto.
Diferentemente do que ocorre na rede particular, as aulas ministradas em sala de aula não serão transmitidas ao vivo ou disponibilizadas on-line para os estudantes que estiverem no ensino remoto.
Afirmação foi feita pela secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, em audiência pública realizada nesta segunda-feira (24) na Câmara Municipal de Campo Grande.
Conforme a secretária, pela impossibilidade da mesma aula para ambos os grupos de alunos, a proposta é realizar o escalonamento, com divisão de grupos que recebem atividade para fazer em casa em uma semana, e na outra ir presencialmente na escola.
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O retorno presencial será inicialmente para alunos do 6º ao 9º ano, logo após o recesso escolar do meio do ano, que será do dia 2 a 16 de julho.
Depois, será a vez dos estudantes do 1º ao 5º ano, com 50% dos estudantes em sala e a outra metade em casa.
Por último, está programado retorno da Educação Infantil, limitado ao quantitativo de 25% da capacidade.
“Estamos fazendo planejamento para dia 19 de julho, mas se ocorrer algo fora do planejamento essa data será revista, mas cremos que conseguiremos fazer retorno”, destacou a secretária.
Ela acrescentou que o protocolo de volta às aulas foi publicado em dezembro do ano passado e uma comissão, que já realizou visitas as escolas, irá acompanhar o retorno para garantir que cumpre as normas de biossegurança.
As aulas presenciais estão suspensas desde o dia 18 de março de 2020, devido à pandemia do coronavírus.
Um dos pontos principais para o retorno presencial é a vacinação de professores e profissionais da educação.
Conforme informado na audiência, cerca de 22 mil profissionais da Educação já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e há um esforço para que haja a antecipação da segunda dose, com objetivo de que estejam com o ciclo vacinal completo no retorno.
Na Audiência pública, foi feito encaminhamento para que a primeira semana de retomada das atividades presenciais seja dedicada ao acolhimento de professores e demais profissionais da educação, para trabalhar o lado psicológico dos profissionais e aprofundar a aplicação dos protocolos de biossegurança.
O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Básica (ACP), Lucílio Nobre, defendeu a sugestão da acolhida e também a antecipação da vacinação.
“Compreendemos as dificuldades dos pais em casa, mas o que a gente pede é a preservação da vida, em primeiro lugar é a vida. Temos uma realidade de escola pública muito diferente da particular. Temos interesse de voltar, mas com segurança e condições de preservar nossas vidas e dessas crianças circulando com suas famílias”, afirmou.
A secretária de educação finalizou o debate afirmando que os protocolos serão todos seguidos e ressaltou o trabalho feito por todos os profissionais durante todo o período de ensino remoto, com gravação de vídeos e aulas on-line.
“Tivemos todo cuidado em não deixar nossos alunos desassistidos”, disse.
“Só saberemos como será esse retorno na prática. Temos exemplo da particular e de escolas do interior. Estamos nos preparando e planejando para que aconteça com segurança”, acrescentou a secretária de Educação.