Com holerites falsos e nenhum remorso, casal deixou 3 no prejuízo ao negociar carro
- Fonte: Renan Nucc
Homem de 33 anos e uma mulher de 28 anos conseguiram enganar três pessoas que ficaram no prejuízo após a negociação de um automóvel em Campo Grande. A dupla foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) por uso de documento falso e estelionato, com continuidade delitiva.
Consta na peça acusatória que em 2017, o suspeito teria entregado à mulher três holerites falsos no nome dela e solicitado que ela usasse tais comprovantes de pagamento como meio para abrir uma conta bancária. Nos holerites constavam valores o suficiente para que a instituição financeira pudesse ceder algum crédito.
O homem fez a solicitação dizendo que usaria a conta para si e que, como recompensa, pagaria R$ 3 mil à comparsa, que aceitou. O banco então efetivou a conta e concedeu à cliente lâminas de cheque. O homem pegou as lâminas e as usou para comprar um Ford Corsa que vinha sendo anunciado na internet por R$ 9 mil.
O veículo pertencia ao pai do anunciante. Neste sentido, pai e filho foram procurados pelo suspeito que se mostrou interessado, aceitou o preço e lhes pagou com dois cheques no valor de R$ 4,5 mil cada. Sabendo que não teria dinheiro disponível na conta, a mulher assinou os cheques para consolidar a negociação. O autor então pegou o carro.
No entanto, antes que pai e filho pudessem perceber o golpe, o autor revendeu o veículo para a terceira vítima, por R$ 7,8 mil. Este comprador, inclusive, chegou a pegar de volta um recibo e acreditou que estava fazendo uma negociação legal. No entanto, ao solicitar aos donos a documentação para transferência do carro, descobriu o ‘rolo’.
Diante dos fatos, ficaram no prejuízo pai e filho, que entregaram o carro por R$ 9 mil, mas não receberam dinheiro algum, e o comprador que pagou R$ 7,8 mil e não poderia transferir o veículo, tendo em vista que àquela altura, o Corsa já estava com restrições em razão do inquérito instaurado pela Polícia Civil após denúncia do crime.