Fenômeno “Lua Rosa” pode ser visto na noite desta terça-feira
- Fonte: Por Agência Brasil
Na noite desta segunda-feira (26) a Lua entrará em sua fase cheia, ao mesmo tempo estará em seu ponto mais próximo da Terra, o perigeu. Os dois fenômenos juntos causarão a “Lua Rosa”.
A Terra ficará ao centro, com o Sol de um lado e a Lua no outro, causando um alinhamento dos três, deixando a Lua maior e mais brilhante. Contudo, apesar do nome necessário, a Lua não ficará da cor rosa.
Esta condição foi apelidada assim pelos norte-americanos, já que o mês de abril é o início da primavera no Hemisfério Norte. Desse modo, a Lua Rosa é uma metáfora para a estação do ano, e não para a tonalidade que o satélite receberá.
“Ao nascer, a Lua pode ficar amarelada, alaranjada ou até vermelha, depende somente das condições atmosféricas do lugar de onde olha. Não tem a ver com a época do ano”, explicou o astrônomo Naelton Araújo, ao portal Uol.
“É sempre um belo espetáculo ver a Lua cheia nascendo, mas esses nomes têm origem cultural, e não astronômica”.
Contudo, conforme as variações de tonalidade podem acontecer na primeira hora após ela aparecer no céu, mas tudo vai depender das condições climáticas e atmosféricas de cada local. Em Campo Grande, ela surgirá logo após o pôr do sol, por volta de 17h30.
Ao passar das horas, ela para subindo no céu, ela continuará brilhante, mas vai parecer menor. Araújo explica que, assim que nasce no horizonte, a Lua fica maior porque é possível compara com casas, prédios e árvores. Já quando está alta no céu, não há nada para fazer esta comparação e parece menor.
Superlua
O trajeto que a Lua percorre ao redor da Terra não é um círculo perfeito, mas sim uma elipse, um círculo achatado. Dessa forma, ela se afasta e se aproxima da Terra ao longo de sua órbita.
O ponto mais próximo do planeta é chamado de apogeu, já o mais próximo, é perigeu. Isso acontece todos os meses e como ela está sempre girando, é possível observar as variadas formas diferentes durante o mês.
No apogeu, a Lua aparece até 15% maior e 30% mais brilhante, se isso coincidir quando ela estiver na fase cheia, fica ainda maior e brilhante, disponível na chamada superlua. Mas contestam este termo.
“Os astrônomos não usam a palavra superlua. Falam apenas de Lua no perigeu. Mas, principalmente com as redes sociais, esse termo viralizou. Na verdade, foi criado por astrólogos”, disse o astrônomo do Observatório Municipal de Campinas, Julio Lobo, ao Uol.
“Essa história de superlua é meio factoide astronômico. Só com instrumentos, como um telescópio, ou comparando por meio de fotografias, será possível notar alguma diferença”, completou Araújo.